10 Que tiram o sono de MUITA gente*

     

Você pode até morrer de medo ao acordar no meio da noite, ainda mais se for às 3h, e se lembrar do horário amaldiçoado de O Exorcismo de Emily Rose. Provavelmente não vai conseguir voltar a dormir e até vai cogitar ligar para alguém ou assistir a amenidades na TV. A verdade é que não são só os filmes de terror que nos arrepiam e deixam com cor de quem já passou dessa para melhor. Nem sempre as cenas mais sangrentas são as que ficam rebobinando em nossas cabeças e ressurgem nos momentos mais inesperados. Às vezes basta uma passagem sutil. Aqui, uma lista das 10 cenas que já tiraram o sono de muita gente:

1. O Iluminado

O que acontece quando Stanley Kubrick resolve adaptar Stephen King? O resultado é um filme cheio de tensão e cenas aterrorizantes, como não poderia deixar de ser ao reunir num hotel isolado e mal assombrado um homem à beira da loucura e uma criança com dom psíquico. O Iluminado ainda conta com o talento de Jack Nicholson no papel de Jack Torrance, um escritor que se torna o caseiro do hotel durante o inverno. Uma cena digna de gerar pesadelos é a em que Danny Torrance (Danny Lloyd), o filho de apenas 6 anos, pedala despretensiosamente com seu velotrol pelos corredores do hotel. O silêncio da cena contrasta com uma trilha estridente, indicando que algo de errado o espera ao final. A câmera, que parece ter consciência do que vai acontecer, acompanha o garoto e hesita. Ao virar a esquina, o menino fica aterrorizado ao encontrar duas gêmeas fantasmagóricas que insistem: “Venha brincar com a gente, Danny”

2. O Exorcista

Em seguida, mais um clássico que marcou gerações. Em meados dos anos 70, O Exorcista chocou a plateia ao abordar um caso de exorcismo com apelo realista. Como se não bastasse, o filme não poupou o público da aparição daquele que todos temem. Sim, o demônio, interpretado pela atriz Eileen Dietz, aparece sorrateiro entre um corte e outro pela primeira vez. A cena, apesar de durar uma fração de segundo, interrompe os pensamentos de muita gente até hoje e é praticamente um ritual de passagem para os amantes do terror.

3. It: A Obra Prima do Medo

E novamente Stephen King, mestre do terror, vem expor o medo que existe em cada um de nós com It. Na adaptação da obra em formato da mini-série televisiva It: A Obra Prima do Medo, aprendemos uma lição importante: não falar com estranhos. E, se o desconhecido usar o clássico truque de se apresentar brevemente, não caia nessa! Mas parece que o pequeno Georgie Denbrough (Tony Dakota) faltou a estas aulas. Ao procurar seu barco de papel pela rua, encontra Pennywise, um palhaço devorador de criancinhas interpretado por Tim Curry, à espreita dentro de um bueiro. O macabro predador seduz o garoto até a morte e segue com suas façanhas. Se você já tinha medo de palhaço quando criança, vai continuar tendo depois de ver essa cena. Lição aprendida?

4. Os Bons companheiros

“Desde que eu me lembro, eu sempre quis ser um gangster”, diz a famosa frase de Henry Hill, interpretado por Ray Liotta em Os Bons Companheiros. Mas quando Tommy DeVito (Joe Pesci), seu parceiro da máfia, perde a linha, ele parece se arrepender. Nesta cena, o temperamental Tommy toma o centro das atenções ao contar uma história a seus capangas, que a achavam divertidíssima. Henry solta: “Você é muito engraçado”. O que era uma tentativa de elogio logo deu início à indagação: “Engraçado como?” Um momento de verdadeira tensão deixa todos apreensivos.

5. Estrada Perdida

Nem mesmo em uma festa, rodeado de pessoas, Fred Madison (Bill Pullman) consegue evitar a esquisita abordagem de um homem misterioso (Robert Blake) que diz já conhecê-lo. O som animado parece silenciar e o tempo parar durante a pequena duração da conversa. Quando Fred nega, o homem pálido diz que, tanto conhece o saxofonista, como está em sua casa naquele momento, e o desafia a fazer um telefonema para comprovar. É essa situação um tanto esquisita e medonha que dá início a um thriller de David Lynch.

6. As Aventuras de Mark Twain

Quem acha que a aventura de Tom Sawyer, Becky Thatcher, Huck Finn e Mark Twain é coisa de criança, está muito enganado. A bordo de uma nave-barco em busca do cometa Halley, o grupo tem o desprazer de encontrar ninguém menos que Satã. Com uma máscara macabra, ele, que se apresenta como um anjo, cria pequenos humanos em argila, apenas para tirar-lhes a vida. A técnica de stop-motion aprimora ainda mais o tom sombrio dessa cena.

7. Desafio Ao Além

Um dos pioneiros no estilo casas assombradas, o longa de Robert Wise reúne o típico cenário de terror: gritos estridentes, gargalhadas, choros e fantasmas sombrios. Não é por menos que a insegura Eleanor Lance (Julie Harris) passa a acreditar que a casa a estava perseguindo. Nesta cena, ao perceber que Theodora ‘Theo’ (Claire Bloom) não era a pessoa deitada ao seu lado, se questiona assustada: “Whose hand was I holding?“ (em tradução livre: “De quem era a mão que eu segurava?”).

8. A Outra História Americana

Às vezes a realidade é mais assustadora do que um filme de terror. Quando Derek (Edward Norton), um skinhead neo-nazista, pisoteia um negro até a morte em A Outra História Americana, sentimos o desconforto de saber que situações como esta não fazem parte apenas de ficções. Esta cena é praticamente um soco no estômago do espectador.

9. A Hora do Pesadelo

É proibido cair no sono! Pelo menos para um grupo de amigos que são perseguidos por um assassino de criancinhas em seus próprios sonhos. É o que acontece com Tina Gray (Amanda Wyss), após uma noite romântica com seu namorado, Rod Lane (Nick Corri). A garota cai no sono e é perseguida e assassinada em seu pior pesadelo. O que torna esta cena ainda mais assustadora é Rod acordar com os gritos da namorada e assistir à morte de Tina, sem saber o que de fato a está matando.

10. Tubarão

Quem poderia imaginar que um mergulho poderia causar tanto estrago? Em Tubarão, clássico de Steven Spilberg, o faminto vilão resolve atacar Chrissie (Susan Backlinie) em meio a um flete com um garoto que ela tinha acabado de conhecer. Ela pede ajuda, mas o garoto, bêbado, cai no sono e não serve de socorro. Só nos resta assistir à moça se debater até afundar de vez nesta cena afligente.

                                                                                         Faby Lins*